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Com reformas, Brasil desrespeita Brics, denuncia CUT

26/07/2017

Central apontou que reformas de Temer contrariam compromissos assumidos pelo bloco formado por Brasil, Rússia, China e África do Sul

Escrito por: Luiz Carvalho


Durante abertura do fórum das centrais sindicais dos países que integram o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), na China, a CUT denunciou que a aprovação das reformas propostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) desrespeita os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.

Lisboa participa do Fórum Sindical dos Brics, na China (Foto: Divulgação)O compromisso é uma das agendas assumidas pelo bloco e, conforme destacou o secretário de Relações Internacionais da Central, Antônio Lisboa, o projeto de Temer contraria pontos fundamentais da agenda.

“Nos últimos meses, o governo brasileiro aprovou emenda constitucional que proíbe por 20 anos investimentos nos serviços  de educação, saúde e assistência social. Essa emenda atinge fortemente o cumprimento dos objetivos um (redução das desigualdades), dois (erradicação da fome), três (saúde e bem estar) e quatro (educação de qualidade)”, afirmou.

O dirigente tratou ainda da relação entre a Reforma Trabalhista e os retrocessos sociais. “Recentemente, o parlamento brasileiro aprovou uma profunda reforma na legislação trabalhista brasileira que faz retroceder em pelo menos 100 anos as relações de trabalho no Brasil e atinge de morte o objetivo oito da mesma agenda 2030, aquele que trata de trabalho decente e crescimento econômico", acrescentou

Reação do fórum

Para Lisboa, o Fórum Sindical do Brics deve se posicionar oficialmente contra medidas adotadas por governos que contrariam os princípios norteadores do bloco. O encontro deve divulgar em breve uma declaração conjunta das centrais para a reunião de ministros do Trabalho do Brics, que também se encontrarão na China, e que deve servir como parâmetro de enfrentamento da classe trabalhadora aos retrocessos.  

“Se o Brasil, um dos membros do BRICS, aprova leis que na prática são contrárias aos objetivos da Agenda 2030, é um desafio pra nós, do Fórum Sindical, trabalhar fortemente e de forma unitária para que o país reveja suas políticas de ataque aos objetivos do desenvolvimento sustentável”, cobrou.

Para o secretário, o mundo vivencia um retorno ao modelo neoliberal que concentra a riqueza na mão de poucos,  aumenta as desigualdades e a pobreza e dificulta o multilateralismo, com ameaças à paz mundial.

Sentimento que também ficou explícito no "Fórum Político de Alto Nível sobre o Desenvolvimento Sustentável”, do qual a CUT participou e que deixou clara a piora dos indicativos em diversos dos objetivos da Agenda 2030.

Segundo ele, o movimento sindical é crucial para rever o modelo excludente. “A implementação de novas e alternativas políticas macroeconômicas e industriais são determinantes para uma mudança que gere empregos de qualidade, com respeito ao meio ambiente, a implementação de sistemas justos de tributação e o combate à evasão fiscal. Esses são  desafios a serem enfrentados pelos Brics e, para tanto, os sindicatos devem ter papel fundamental na implementação dessas políticas.”

O sexto encontro do Fórum das Centrais Sindicais do Brics, criado em 2012, reúne líderes de 14 sindicatos dos países do bloco que representa mais de 40% da população mundial, um terço do PIB global e 17% do comércio do mundo. O fórum começou nessa segunda (24) e segue até a próxima quinta-feira (27).

 

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