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PR: FUP ocupa fábrica de fertilizantes da Petrobrás em Araucária, contra privatização

19/11/2017

Fábrica de Fertilizantes, que está com atividades paralisadas, foi ocupada pelos petroleiros para denunciar a privatização.

Escrito por: CUT Brasil, com informações e vídeos da FUP

Petroleiros da FUP ocuparam na manhã de sexta-feira (17/11), por cerca de 2 horas, a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen Paraná) da Petrobrás, adquirida em 2012, quando se chamava Araucária Nitrogenados SA, em ato contra a venda Petrobrás e suas subsidiárias. Os petroleiros definiram a ação como uma “ocupação de advertência” para avisar a direção da Petrobrás que os trabalhadores não aceitarão a entrega da empresa e de suas subsidiárias ao capital privado, sob o disfarce da venda a preços irrisórios.

A direção da Petrobrás e o governo Temer, pretendem entregar a Fafen Paraná para multinacionais do segmento de fertilizantes internacional por R$ 0,00, já que manobras em seus balanços contábeis realizaram desvalorização da ordem de R$ 800 milhões no valor da unidade. A Fafen Paraná é estratégica para o país, pois abastece o mercado com fertilizantes e é a maior produtora de ARLA-32 do Mundo, um catalizador para redução de emissão de gases tóxicos para motores a diesel.

Gerson Castellano, diretor da FUP e do Sindiquimica PR, explicou: “Nós queremos chamar a atenção da Petrobrás, porque essa será uma ação comum em todas as unidades do sistema Petrobrás que eles tentarem vender. Esse governo que está fazendo isso é ilegítimo para tanto. O projeto que foi eleito pela maioria do povo brasileiro não previa o que está sendo feito”.

Segundo o sindicalista do Paraná, “hoje é uma ocupação de advertência, uma vez que o processo de venda desta unidade está em curso. A gente tem algumas ações jurídicas e políticas em andamento. Esta é uma ocupação preventiva, com prazo determinado, contando com representantes dos petroleiros de todo o Brasil”. Mas ele alertou: “É uma ocupação preventiva. Se avançar mais o projeto de venda de nossa empresa, contra o qual já entramos com uma ação civil pública, a gente vai ter ações mais contundentes e inclusive uma ocupação por tempo indeterminado. Estamos aqui conta da privatização que está sendo feita. Nós vimos de 2013 a 2015, uma ação de investimento, uma ação positiva. E depois do golpe, infelizmente, uma outra visão, uma visão de desinvestimento e de sucateamento”.

“Em relação ao Acordo Coletivo”, enfatiza Castellano, “nós não vamos abrir mão de nenhuma pauta nossa, queremos a renovação do Acordo Coletivo de forma integral. E a empresa se recusa a isso. Ela quer, mais uma vez, nos tratar de forma discriminatória em relação ao Sistema Petrobrás”.

Durante a ocupação, ao falar a seus companheiros sindicalistas, José Maria Rangel, coordenador geral da FUP, fez graves denúncias contra Pedro Parente. A forma como a privatização está sendo feita, segundo ele, “está entregando o patrimônio público”. José Maria questiona o presidente da empresa, Pedro Parente: “como é que ele, sócio-presidente da empresa de consultoria Prada, que cuida da riqueza de 20 famílias, se licencia – mas a mulher dele continua lá – e ele faz essa venda deslavada de ativos da Petrobrás. Ele tem que se explicar e é isso que nós estamos pedindo para ele fazer. E não fazer o papelão que ele está fazendo de processar um sociólogo que trabalha para a gente”.

O coordenador da FUP denunciou que “a Petrobrás fez uma opção de perder mercado de derivado de Petróleo. Ela caminha para ser uma empresa de E&P (exploração e produção). Basta olhar os resultados do último trimestre: a Petrobrás virou uma grande exportadora de óleo cru e perdeu participação no mercado de derivados, por uma opção dela. O Brasil saltou de 50 empresas importadoras de derivados, ao final de 2014, para mais de 200 agora. E uma das maiores importadoras de derivados de petróleo chama-se Glencore, que já pertenceu ao Grupo Bunge, do qual Pedro Parente já foi presidente”.

Após desocuparem a fábrica da Fafen Paraná, diversos dirigentes da FUP falaram em um protesto realizado diante da unidade da Petrobrás em Araucária.

Desde o início desta semana, os principais dirigentes da FUP estiveram reunidos em Curitiba, discutindo estratégias de negociação e enfrentamento com a Petrobrás, diante da entrada em vigor da Reforma Trabalhista e do avanço das medidas de privatização adotadas pela empresa. A FUP tem buscado negociar para manter os direitos previstos no Acordo Coletivo vigente. A direção da empresa, por sua vez, aproveitando a entrada em vigor da Reforma Trabalhista, quer retirar direitos já negociados e praticados, vários deles ao longo de muitos anos. Isso demonstra o tamanho do retrocesso que a atual direção, subordinada ao golpista Michel Temer, tenta impor a seus trabalhadores e ao país.

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