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Em Mossoró (RN), prefeita mente e usa polícia para fugir de trabalhador

24/09/2017

Servidores cruzaram os braços e tentam negociar com Rosalba Ciarlini

Escrito por: Luiz Carvalho


Em greve desde o dia 11 de setembro, os servidores públicos de Mossoró, no Rio Grande do Norte, enfrentam dois desafios comuns ao funcionalismo em todo o país. O primeiro, a resistência do Executivo em negociar, e o segundo, o uso da truculência para resolver o conflito.

Policiais impedem trabalhadores de montarem tendas em frente à prefeitura (Foto: Caio Muniz)Segundo a presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos de Mossoró (Sindiserpum), Marleide Cunha, a categoria formada por 4.700 trabalhadores e que tem data-base em maio, já entregou cinco ofícios para estabelecer uma mesa de negociação com a prefeita Rosalba Ciarlini (PP), que se nega a conversar. Exatamente o contrário do que diz à imprensa.

Para piorar, nessa quinta-feira (21), dia em que os trabalhadores resolveram acampar em frente ao Palácio da Resistência, sede do governo, a prefeita resolveu colocar um cadeado no portão de entrada e enviou um aparato policial capaz de fazer a população, que sofre com a falta de segurança, se revoltar.

“Nosso objetivo era fazer um protesto pacífico, montarmos tendas em frente ao palácio para nos proteger do sol escaldante, mas a polícia militar e a guarda civil metropolitana impediram essa mobillização. Todos os dias temos UBS (unidade básica de saúde) sendo assaltadas, servidores sendo espancados e até baleados, fora o medo da população de andar nas ruas, mas para se esconder de trabalhador sobra policial”, criticou Marleide.

Ela afirma ainda que a prefeitura tem utilizado os plantões dos servidores como moeda de troca e retirado essa possibilidade dos grevistas.

Sem compromisso

O único passo em direção a um acordo da prefeitura foi a formação de uma comissão de secretários que se reuniu duas vezes com os trabalhadores, em 30 de maio e 14 de agosto, que não resultaram em nada produtivo.  

A única indicação foi uma proposta verbal de aumento de 3.9% de reajuste – o sindicato cobra 9% – com a promessa de que o valor seria pago em agosto. Porém, nem a indicação foi oficializada, nem o aumento foi depositado.

Os servidores cobram ainda condições dignas de trabalho, já que faltam materiais básicos nas unidades de trabalho.

Na próxima segunda-feira (25), às 7h30, os servidores públicos estarão novamente acampados na frente do Palácio da Resistência e Marleide afirma acreditar que a mobilização irá crescer.

“O servidor aos poucos também vai abrindo os olhos e vendo que ou ele quebra as correntes ou a tendência é se tornar escravo das chantagens desta gestão. Segunda estamos recebendo outros companheiros, com certeza o movimento só tende a crescer”, define.

 

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