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Dia histórico: Sergipe parou na Greve Nacional desta sexta-feira, dia 28 de abril

30/04/2017

Mais de 50 categorias de trabalhadores paralisaram

Escrito por: Iracema Corso

Contra as Reformas Trabalhista e da Previdência, a Grande Greve Geral 2017 parou o Brasil. Nenhum ônibus circulou na capital de Sergipe, Aracaju, nesta sexta-feira, dia 28 de abril. De madrugada, o movimento sindical e social fez piquete e montou barricadas em frente às empresas de ônibus Atalaia, Modelo e Progresso.

 

Já pela manhã, as ruas do Centro foram fechadas e ocupadas por manifestantes. Todas as lojas baixaram suas portas. Mais de 50 categorias de trabalhadores paralisaram e mais de 100 organizações sindicais participaram da construção do dia de luta.

 

A população que ainda não sabe o motivo da Greve Geral nem como sua vida será prejudicada pelas Reformas Trabalhista, da Previdência e a Terceirização irrestrita, ficou surpresa com a força e adesão da Greve Geral que parou o Centro Comercial e Administrativo de Aracaju. 

 

Sobre a vitória da mobilização alcançada, o presidente da CUT/SE, professor Rubens Marques citou Lênin: “‘Os embates e as greves tem mais poder de educar a classe trabalhadora do que os livros’. Então até agora foi um sucesso a greve da classe trabalhadora aqui em Sergipe. Nenhum ônibus conseguiu sair da garagem, as expectativas foram superadas”.

 

Para o vice-presidente da CUT, Plínio Pugliesi, esta é a oportunidade de ampliar o diálogo e esclarecer quem não tem tido acesso à informação e apenas assiste passivamente à propaganda oficial do governo na TV e em demais meios de comunicação. “A estratégia desse golpe sempre foi destruir os direitos dos trabalhadores. As reformas impostas pelo governo federal ilegítimo atendem aos interesses de apenas uma classe, os ricos que sempre dominaram o poder do país, como industriais, latifundiários e banqueiros. O objetivo elementar desses projetos é rebaixar o valor da mão de obra e explorar os trabalhadores durante a vida toda pagando salários menores, tudo para aumentar os lucros de poucos”.

Ato da Greve Geral reúne 60 mil manifestantes em Aracaju

Parecia infinita a multidão, estima-se que algo em torno de 60 mil pessoas entre trabalhadores do campo e da cidade, militantes do movimento social e sindical, estudantes, jovens, idosos e até crianças ocuparam as ruas do Centro de Aracaju numa caminhada de luta na tarde desta sexta-feira, dia 28 de abril – data da Grande Greve Geral contra as Reformas Trabalhista, da Previdência e contra a Terceirização sem garantias trabalhistas.

Reunidos na Praça General Valadão, os manifestantes saíram em caminhada pelas ruas do Centro e pararam na porta do Supermercado Hiper Bompreço que, devido à pressão popular, fechou as portas e aderiu à greve nacional.

Seguindo em caminhada, o movimento sindical fez outra pausa na porta da Federação dos Comerciantes, onde dirigentes pontuaram que o movimento sindical não irá aceitar nenhum direito a menos.

No curso da Avenida Barão de Maruim até a Beira Mar, parte da multidão de manifestantes manteve o ato até o bairro Treze de Julho.

Sem ônibus

Desde a madrugada desta sexta-feira o movimento social e sindical vem realizando a ocupação das empresas de ônibus, o bloqueamento de vários trechos da BR 101 e da BR 235, o fechamento do Centro Administrativo e do Centro Comercial de Aracaju. Devido ao bloqueio nas estradas, algumas fábricas de Sergipe não produziram neste dia. Em Nossa Senhora da Glória, capital do Sertão sergipano, também houve protesto e fechamento das lojas do Centro.

Estudantes organizados no coletivo Levante Popular da Juventude fizeram uma encenação durante o protesto. Um artista de perna de pau, com chapéu do Tio Sam na cabeça e o símbolo da Rede Globo de Televisão no peito estava ligado a jovens de olhos vendados por tiras de pano pretas, simulando um marionete para criticar a manipulação da Globo que atinge boa parte da população, alheia aos efeitos nocivos das Reformas Trabalhista e da Previdência.

O presidente da CUT-SE, professor Rubens Marques, avaliou que a vitória da mobilização que marcou o Dia da Grande Greve Geral em Sergipe se deve à organização estratégica de várias ações de luta, potencializadas pela insatisfação popular. “A partir destes atos gigantescos em todo Brasil, o movimento social e sindical está fazendo a devida pressão que as Reformas Trabalhista e da Previdência demandam. A população está se manifestando e isso deve gerar impacto no Senado. Eu tinha certeza de que iria comparecer muitas pessoas neste grande ato, mas sua dimensão foi além das expectativas. Espero que toda população brasileira seja beneficiada com a vitória da Greve Geral em todo Brasil e que os políticos tenham compreendido o recado de que não terão vida fácil se aprovarem as Reformas do governo golpista”.

No Estado de Sergipe, mais de 60 categorias de trabalhadores aderiram à greve geral nacional e mais de 100 sindicatos participaram da construção da agenda de luta junto à população, organizações do movimento estudantil e do movimento social.

No Sertão Sergipano, comércio de Glória e fábrica de Riachuelo fecham as portas 

O Sertão Sergipano manifestou sua indignação contra as Reformas da Previdência e Trabalhista nesta sexta-feira, dia 28 de abril, data da Grande Greve Geral que levou multidões às ruas em todo território nacional.

No município de Nossa Senhora da Glória, Federação dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Sergipe (FETAM), MST e MPA realizaram um grande ato. A presidente da FETAM e do SINDISERVE GLÓRIA, Itanamara Guedes, destacou que os sertanejos não esquecerão os nomes dos deputados e senadores que acabarem com a Previdência e Direitos Trabalhistas. “Em luta contra as Reformas da Previdência, Trabalhista e contra a retirada de direitos da classe trabalhadora, sindicalistas, militantes sociais e trabalhadores do campo e da cidade do Sertão sergipano fecharam o comércio da capital do Sertão, Nossa Senhora da Glória, demostrando seu repúdio contra os políticos golpistas e as reformas”.

Além dos sertanejos, a BR101 e BR235 foi bloqueada em vários trechos por manifestantes do SINDITEXTIL. A Fabrica de Riachuelo dispensou trabalhadores para casa, pois o ônibus da empresa não conseguiu passar.

Os prefeitos dos municípios de Porto da Folha e Canindé do São Francisco decretaram ponto facultativo. O presidente da CUT/SE, professor Rubens Marques, explicou que a adesão dos gestores municipais à Greve Geral parte do entendimento de que as Reformas da Previdência e Trabalhistas vão acabar com a economia dos municípios que depende do poder de compra dos aposentados e trabalhadores.

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